sexta-feira, 2 de maio de 2014

“No pior dos casos, eu me perco em você.”

















Estou me voluntariando mais uma vez pra falar de amor. Digo, do amor baseado na saudade.. no que era pra ter sido e vivido com em nome dele. Amor quando é sentido, é pra sempre. Mas a saudade é ainda pior. A falta de alguém passa a ser tomado pelo nosso corpo inteiro, castigando cada parte dele e dando menos razão para cada movimento feito. Quando sentimos saudade, vemos o rosto da pessoa nos outros, em lugares, nas músicas. Eu... Bom, te vejo no teto do meu quarto. Parece que te desenhei ali porque no meu quarto, é quase meu lugar favorito pra pensar em você. Posso me trancar, olhar pro teto, pensar em você sem ninguém incomodar.  E nesse meu cômodo, eu durmo te olhando. Como explicar as vezes que acordo chorando? Desejando apenas sair dali e matar a esperança que tive antes de dormir, de acordar com você do lado? Se eu durmo inconformada, eu acordo dez vezes pior ao ver a realidade. Eu vivo assim desde o dia em que te perdi. Depois você voltou, e eu me perdi. Depois quando eu voltei... Nos perdemos. Ah, profunda nostalgia... Não sei porque ainda insisto em falar de uma dor que não vou ter sucesso na cura. Mas acho que a falta de amor... Do seu amor, acaba com o amor que sinto por ti e isso preciso botar pra fora. Não é como se você acreditasse que eu ainda te amo, mas por que tem tanto medo de mim? Em que momento eu deixei você partir e deixei de ser o seu grande amor? Por mim, você faria parte do mundo e permaneceria desde o dia em que apareceu pra mim. Suas palavras fazem qualquer um se apaixonar, com esse lábia tão doce e sábia de chegar. Sua voz ferve o consciente de uma pessoa como eu que tenta resistir, ao teu som engraçado e irônico de me perturbar. Seu toque é como se fosse um pedido pra eu te levar daqui e te trancar no meu quarto para permanecermos a sós. E o seu beijo... é como se você conseguisse  fazer eu sentir uma bola de fogo no lugar do coração. Por que o medo de mim? Temos o melhor do amor. Não consigo te deixar ir tão longe sem mim, considerando a distância da minha cama pro teto do meu quarto. Porque se eu te deixo ir, você não volta até que eu vá te buscar. Erro meu ter te acostumado assim. Eu provavelmente vou sempre ser uma tola apaixonada disponível pra você, não importa o quanto você me faça sofrer. O que você tem que fez eu me segurar tanto em você? Que me fez tão bem e te levar como uma cicatriz? Que é marca de uma ferida curada, mas que está ali. Numa existência desnecessária que podia ter sido apagada, mas só pra mostrar que está mesmo ali ainda. Onde eu não posso pensar em cortar de novo, para não sangrar. Quando um machucado se forma em cicatriz, a saída é esquecer... Azar o meu e sorte a sua eu ter meu lado masoquista disponível também. Queria terminar dizendo um adeus, mas além de ser difícil dizer isso pra pessoa que se ama, lembrar do seu rosto só me faz querer dizer: até logo! Tô voltando pro meu quarto pra sonhar com você. Pra ver a história se repetir de novo, e de novo. Perdoa o drama. "Eu me casaria com ela, esse é o lado triste da história. A verdade é que gostaria de me casar com ela, de ter seis lindos filhos, de comprar uma casa e arranjar um emprego enfadonho para sustentar todos eles para sempre. O pacote todo. Faria isso num piscar de olhos. Adoraria. - Ela suspira de novo."

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