quinta-feira, 1 de maio de 2014

“Pode doer para sempre. É disso que eu tenho medo.”


Ei! Não é como se alguém, se você fosse ler isso, sabe? Mas eu quero deixar claro agora, hoje nessa noite tão mais escura e cheia de saudades sua do que nunca, que qualquer coisa que isso possa ser, está acabando comigo. Dizem que ao cair da noite resolvemos nossas pendências para não dormirmos com peso na consciência. Que na madrugada é o momento de desculpa, de saudade. Mas comigo tudo que acontece na madrugada é uma luta para o orgulho não me atrapalhar. Nesse caso, para que ele continue se fazendo presente. Porque todas as vezes que passei por cima do meu orgulho eu me feri. Ter exterminado meus limites pra mostrar que eu me importo, só me trouxe arrependimentos em seguida. Minha vida é uma junção de pedaços das pessoas que passam por ela. Principalmente aquelas que chegam, fazem questão de serem marcadas e vão embora, simplesmente deixando isso ser concluído. Uma vez minha vida se misturou com uma totalmente diferente da minha. Como se não bastasse as diferenças, como se não bastasse ter que ficar empurrando o amor pra fora de mim, como se não bastasse a vontade de morrer só pelo toque de alguém, esse alguém está a quilômetros de distância. Nada impossível mas também nada tão possível que daria certeza do futuro perfeito. Nada que me faria botar a mão no fogo e apostar que daria certo e que eu não terminaria num canto sozinha e aflita. Eu vivi momentos na minha imaginação, elaborei cenas que talvez nunca pudessem acontecer. Sonhava com as coisas mais clichês porque sei que eram nelas que a gente se encontrava. Numa noite ou madrugada qualquer, eu desejei esquecer tudo o que já não estava dando nenhum resultado. Não adianta lutar ou segurar as pontas sozinho, pra quem não se importa se o laço que já tiveram, se torne nó. Não faz sentido que o outro tenha tanto domínio com nossas vidas. Quando isso acontece, está tudo perdido. Amar é bom enquanto tudo é dócil, enquanto existe a vontade de continuar e lutar e fazer até o impossível pra manter a pessoa apaixonada por você. Amar é um presente. No momento em que você começa a pensar que o amor é um ensinamento, já se torna banal. Porque quem pensa assim, não é dai pra melhor. E fica complicado quando as palavras não se tornam mais suficientes quando mesmo assim é preciso dize- las. Tudo vai por água abaixo quando você sofre pela primeira vez. Independente de ser por alguém que valha a pena ou não, sempre é tarde demais pra percebemos que estamos em primeiro lugar! Egoísmo? Nem um pouco. Só que primeiro temos que estar bem psicologicamente pra pensar no outro e ver quando é pro nosso bem! Digo isso porque... eu meio que... me sinto o resultado disso tudo. Ninguém é capaz de entender a dor que vive em mim. Maquiada pelo som das músicas que ouço, pela alegria, pela espontaneidade. Um sorriso meu e as pessoas não percebem o que eu guardo, o que eu já segurei. Não como se eu quisesse ser percebida, mas sim, compreendida ou respeitada. Não importa o quanto me desafiem talvez dizendo: "o que essa garota já passou pra ta falando tanta coisa como se tivesse vivido uns 50 anos?" eu simplesmente não retruco ao ponto de me abrir. Jamais, deixo- os pensar que é bobagem minha. É melhor do que me explicar, me expressar, me abrir... machuca na pior ferida. Quebra o orgulho e a barreira que demorei tanto tempo pra construir no meu peito. Hoje eu não me permito pra quase mais nada. De repente eu sou um resultado mesmo, de todas as madrugadas quentes e molhadas que eu tive por você. E, um dia esses pedaços me completarão de novo. Até la eu vou doendo mesmo! Já me acostumei com a intensidade da dor que a vida me trouxe e eu, sem saída, deixei causar. Não dói mais me desdobrar pra cuidar de mim. Independente de tudo nunca vou me arrepender de ter amado... é... de ter amado você.

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